463 anos - Parabéns São Paulo!

463 anos – Parabéns São Paulo!

Hoje 25/01/2017 a cidade de São Paulo completa 463 anos! E com muito carinho selecionamos alguns pontos turísticos e arquitetônicos desta cidade maravilhosa!

Piratininga virou São Paulo: o colégio é hoje uma metrópole

Atualizado em 18.02.14
Autor: Leandro Sampaio
Os religiosos construíram um colégio numa pequena colina, próxima aos rios Tamanduateí e Anhangabaú, onde celebraram uma missa. Era o dia 25 de janeiro de 1554, data que marca o aniversário de São Paulo. Quase cinco séculos depois, o povoado de Piratininga se transformou numa cidade de 11 milhões de habitantes. Daqueles tempos, restam apenas as fundações da construção feita pelos padres e índios no Pateo do Collegio. Piratininga demorou 157 anos para se tornar uma cidade chamada São Paulo, decisão ratificada pelo rei de Portugal. Nessa época, São Paulo ainda era o ponto de partida das bandeiras, expedições que cortavam o interior do Brasil. Tinham como objetivos a busca de minerais preciosos e o aprisionamento de índios para trabalhar como escravos nas minas e lavouras. Em 1815, a cidade se transformou em capital da Província de São Paulo. Mas somente doze anos depois ganharia sua primeira faculdade, de Direito, no Largo São Francisco. A partir de então, São Paulo se tornou um núcleo intelectual e político do país. Mas apenas se tornaria um importante centro econômico com a expansão da cafeicultura no final do século XIX. Imigrantes chegaram dos quatro cantos do mundo para trabalhar nas lavouras e, mais tarde, no crescente parque industrial da cidade. Mais da metade dos habitantes da cidade, em meados da década de 1890, era formada por imigrantes. No início dos anos 1930, a elite do Estado de São Paulo entrou em choque com o governo federal. O resultado foi a Revolução Constitucionalista de 1932, que estourou no dia 9 de julho (hoje feriado estadual). Os combates duraram três semanas e São Paulo saiu derrotado. O Estado ficou isolado no cenário político, mas não evitou o florescimento de instituições educacionais. Em 1935 foi criada a Universidade de São Paulo, que mais tarde receberia professores como o antropólogo francês Lévi-Strauss. Na década de 1940, São Paulo também ganhou importantes intervenções urbanísticas, principalmente no setor viário. A indústria se tornou o principal motor econômico da cidade. A necessidade de mais mão-de-obra nessas duas frentes trouxe brasileiros de vários Estados, principalmente do nordeste do país. Na década de 1970, o setor de serviços ganhou maior destaque na economia paulistana. As indústrias migraram para municípios da Grande São Paulo, como o chamado ABCD (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema). Hoje, a capital paulista é o centro financeiro da América Latina e por isso ainda recebe de braços abertos brasileiros e estrangeiros que trabalham e vivem na cidade de São Paulo, em um ambiente de tolerância e respeito à diversidade de credos, etnias, orientações sexuais e tribos.

Um tour por São Paulo

1. Beco do Batman

Entre as vielas do bairro da Vila Madalena, mais precisamente nas ruas Gonçalo Afonso e Medeiros de Albuquerque, fica localizada uma galeria de grafite a céu aberto conhecida como Beco do Batman – próxima à estação Clínicas do Metrô. Com ruas estreitas, a visita ao local pode ser mais proveitosa se o visitante for a pé ou de bicicleta. Atualmente, os desenhos são renovados constantemente por grafiteiros e a comunidade ajuda a conservar as paredes que são disputadíssimas pelos artistas. O Beco tornou-se um ponto turístico obrigatório para os amantes das artes urbanas. A cada visita, uma nova pintura é encontrada no local, o que faz que o visitante retorne mais de uma vez para apreciar as obras.
 Beco do Batman. Foto:
 Beco do Batman. Foto: José Cordeiro/ SPTuris.

2. Edifício Altino Arantes (Banespa)

Fonte: http://www.cidadedesaopaulo.com
Autor: Tatiane Ribeiro
Símbolo da era progressista que atraiu milhares de imigrantes e migrantes para a cidade, o Edifício Altino Arantes – nome que recebeu na década de 80 e mantém até hoje -, conhecido como Prédio do Banespa, é uma atração imperdível para quem procura descobrir as proezas de São Paulo.  
Foto: oldsaopaulo.tumblr.com
Construído a partir de 1939, está localizado no coração da cidade, próximo às ruas que no passado formavam o centro bancário do município: São Bento, XV de Novembro e Direita. Escolhido para sediar o Banco do Estado de São Paulo, o prédio demorou oito anos para ser finalizado. Foi Ademar de Barros, como governador eleito, que em 27 de junho de 1947 celebrou sua inauguração.  

3. Estação da Luz

Fonte: http://www.cidadedesaopaulo.com
Autor: Lilian Natal
Aberta ao público em 1º de março de 1901, a Estação da Luz ocupa 7,5 mil m² do Jardim da Luz, onde se encontram as estruturas trazidas da Inglaterra que copiam o Big Ben e a abadia de Westminter. Não houve inauguração, já que o tráfego foi sendo deslocado aos poucos, mas não demorou muito para que o novo marco da cidade fosse considerado uma sala de visitas de São Paulo. Todas as personalidades ilustres que tinham a capital como destino eram obrigadas a desembarcar no local. Empresários, intelectuais, políticos, diplomatas e reis foram recepcionados em seu saguão e por lá passavam ao se despedirem.
 
Foto: Caio Pimenta/SPTuris.
 A estação tornou-se porta de entrada também para imigrantes, promovendo a pequena vila de tropeiros a uma importante metrópole. Esta importância, concedida à São Paulo Railway Station, como era oficialmente conhecida, durou até o fim da Segunda Guerra Mundial. Após este período, o transporte ferroviário foi sendo substituído por aviões, ônibus e carros, muito mais rápidos que os trens. Em 1946, o prédio da Luz foi parcialmente destruído por um incêndio. A reconstrução da estação foi bancada pelo governo e se estendeu até 1951, quando foi reinaugurada. Ela ainda passou por outras reformas e restaurações. Já em 1982 o complexo arquitetônico da Estação da Luz foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (Condephaat).
 
Foto: Caio Pimenta/SPTuris.
 

4. Museu de Arte de São Paulo – MASP

Fonte: http://masp.art.br/
O Museu de Arte de São Paulo é um museu privado sem fins lucrativos, fundado pelo empre­sário brasileiro Assis Chateaubriand, em 1947, tornando-se o primeiro museu moderno no país. Chateaubriand convidou o crítico e marchand italiano Pietro Maria Bardi para dirigir o MASP, função que ele exerceu por cerca de 45 anos. As primeiras obras de arte do MASP foram selecionadas por Bardi e adquiridas por doações da sociedade local, formando o mais importante acervo de arte europeia do Hemisfério Sul. Hoje, a coleção do MASP reúne mais de 8 mil obras, incluindo pinturas, esculturas, objetos, fotografias e vestuário de diversos períodos, abrangendo a produção europeia, africana, asiática e das Américas. Além da exposição permanente de seu acervo, o MASP realiza uma intensa programação de exposições temporárias, cursos, palestras, apresentações de música, dança e teatro. Primeiramente instalado na rua 7 de Abril, no centro da cidade, em 1968 o museu foi transferido para a atual sede na avenida Paulista, arrojado projeto de Lina Bo Bardi, que se tornou um marco na história da arquitetura do século 20. Com base no uso do vidro e do concreto, Lina Bo Bardi criou uma arquitetura de superfícies ásperas e sem acabamentos luxuosos que contempla leveza, transparência e suspensão. A esplanada sob o edifício, conhecida por “vão livre”, foi pensada como uma praça para uso da população. A radicalidade da arquiteta também se faz presente nos icônicos cavaletes de cristal, criados para expor a coleção no segundo andar do edifício. Ao retirar as obras das paredes, os cavaletes questionam o tradicional modelo de museu europeu. No MASP, o espaço amplo e livre, com expografia suspensa transparente, permite ao público um convívio mais próximo com o acervo, onde os visitantes escolhem seus caminhos e traçam suas histórias.  

5. Teatro Municipal de São Paulo

Fonte: http://theatromunicipal.org.br/
O Theatro Municipal surgiu para a cidade de São Paulo como um grande símbolo das aspirações cosmopolitas do início do século 20. Cada vez mais refinada e com mais recursos provenientes do ciclo do café, a alta sociedade paulistana espelhava-se em valores europeus e desejava uma casa de espetáculos à altura de suas posses para receber grandes artistas da música lírica e do teatro. Com incentivos fiscais e investimentos dos próprios barões do café, o arquiteto Ramos de Azevedo e os italianos Cláudio Rossi e Domiziano Rossi iniciaram a construção em 1903 e, em 12 de Setembro de 1911, o Theatro Municipal foi aberto diante a uma multidão de 20 mil pessoas que acompanhavam a chegada dos ilustres convidados.  
Foto:http://theatromunicipal.org.br/espaco/theatro-municipal/#jp-carousel-677
A luxuosa construção, fortemente influenciada pela Ópera de Paris, foi considerada ousada para a época, com traços renascentistas e barrocos na fachada e, em seu interior, muitos adornos e obras de arte: bustos, bronzes, medalhões, afrescos, cristais, colunas neoclássicas, vitrais, mosaicos e mármores. São Paulo integrava-se, finalmente,  ao roteiro internacional dos grandes espetáculos. Pelo palco do Theatro Municipal passaram as mais importantes companhias artísticas da primeira metade do século 20, que trouxeram a São Paulo nomes como Enrico Caruso, Beniamino Gigli, Mario Del Monaco, Maria Callas, Renata Tebaldi, Bidu Sayão, Arturo Toscanini, Camargo Guarnieri, Villa-Lobos, Francisco Mignoni, Magdalena Tagliaferro, Guiomar Novaes, Pietro Mascagni, Ana Pawlova, Arthur Rubinstein, Claudio Arau, Duke Ellington, Ella Fitzgerald, Isadora Duncan, Margot Fonteyn, Nijinsky, Nureyev, Baryshnikov, dentre muitos outros. O Theatro foi também cenário de um dos principais eventos da história das artes no Brasil, a Semana de 22, que entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 reuniu um grupo de jovens artistas que questionou os valores da arte e da cultura vigentes, nos campos da música, da escultura, pintura, poesia e literatura. Neste grupo estavam Mário e Oswald de Andrade, Heitor Villa-Lobos, Víctor Brecheret, Di Cavalcanti, Anita Malfatti, Plínio Salgado, Menotti Del Pichia, Guilherme de Almeida e outros que deram início ao movimento modernista brasileiro.  
Foto: Sylvia Masini
Nos mais de 100 anos de história, três grandes reformas marcaram as mudanças e renovações no Theatro. A primeira delas, em 1954, criou novos pavimentos para ampliar os camarins, reduziu os camarotes e instalou o órgão G. Tamburini; a segunda, de 1986 a 1991, restaurou o prédio e implementou estruturas e equipamentos mais modernos.

 Para celebrar o centenário, o Theatro Municipal de São Paulo passou pela terceira reforma, bem mais complexa que as anteriores, que restaurou o edifício e modernizou o palco. 
As fachadas e a ala nobre foram restauradas, os vitrais recuperados, as pinturas decorativas, com base em fotos antigas, foram refeitas e o palco foi equipado com modernos mecanismos cênicos, sem, entretanto, resolver os problemas de estrutura e espaço nos camarins e salas de ensaio, solucionados somente com a construção  e inauguração da Praça das Artes, que em 2013 passou a abrigar os grupos artísticos do Theatro e as escolas municipais de música e dança. O Theatro Municipal de São Paulo foi transformado em 27 de maio de 2011 de departamento da Secretaria Municipal de Cultura a Fundação de direito público, com um corpo artístico formado pela Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, Coro Lírico Municipal de São Paulo, Balé da Cidade de São Paulo, Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, Coral Paulistano Mário de Andrade, Orquestra Experimental de Repertório, Escola Municipal de Música de São Paulo e pela Escola de Dança de São Paulo, e tendo como espaços o Theatro Municipal, a Central Técnica do Theatro Municipal e a Praça das Artes. O Theatro Municipal de São Paulo mantém contrato de gestão com a organização social da cultura Instituto Brasileiro de Gestão Cultural.  
Foto: Sylvia Masini
 

6. Catedral da Sé

Fonte: http://www.cidadedesaopaulo.com
Em 1913, iniciou-se a construção da Catedral como é hoje, elaborada pelo alemão Maximilian Emil Hehl, professor de Arquitetura da Escola Politécnica. O templo foi inaugurado em 25 de janeiro de 1954, na comemoração do 4º Centenário da Cidade de São Paulo, ainda sem as duas torres principais. A primeira versão da igreja foi instalada em 1591, quando o cacique Tibiriçá escolheu o terreno onde se encontraria o primeiro templo da cidade, construído em taipa de pilão (parede feita de barro e palha socados, estruturados em toras).
 
 
Fachada da Catedral da Sé. Foto: José Cordeiro/ SPTuris. 
Em 1745, a “velha Sé”, como era chamada, foi elevada à categoria de catedral. Por isso, neste mesmo ano, iniciou-se a edificação da segunda matriz da Sé, no mesmo local da anterior. Ao lado dela, em meados do século XIII, levantou-se a Igreja de São Pedro da Pedra. Em 1911, os dois templos foram demolidos para dar espaço ao alargamento da Praça da Sé e, finalmente, à versão atual da catedral. O monumento também teve a sua importância na vida política do País. Em tempos de despotismo militar, D. Agnelo Rossi (1964-1970) assumiu o arcebispado, inaugurando a fase da teologia da libertação e da opção preferencial pelos pobres. Desde 1970, sobressaiu-se a figura do cardeal arcebispo D. Paulo Evaristo Arns, que dedicou todo o seu tempo e o seu esforço ao combate à ditadura militar, denunciando os crimes, as torturas e cedendo a catedral para as manifestações políticas e ecumênicas pelos desaparecidos políticos e pela anistia.        
Cripta da Catedral da Sé. Foto: José Cordeiro/ SPTuris.
A catedral possui ainda uma cripta aberta à visitação, inaugurada em 1919. Com trinta câmaras mortuárias, mantém, até os dias atuais, os sarcófagos dos bispos e arcebispos, além de guardar os restos mortais do cacique Tibiriçá, o primeiro cidadão de Piratininga, e do padre Feijó, Regente do Império. Também encontramos, bem à sua frente, o Marco Zero da cidade de São Paulo. O pequeno monumento de mármore em forma hexagonal, construído em 1934, traz um mapa das estradas que partem de São Paulo com destino a outros estados. Cada um de seus lados representa, simbolicamente, outra cidade ou estado brasileiro: o Paraná (araucária), Mato Grosso (vestimenta dos Bandeirantes), Santos (navio), Rio de Janeiro (Pão de Açúcar e suas bananeiras), Minas Gerais (materiais de mineração profunda) e Goiás (bateia, material de mineração de superfície).
   
 
Vitrais da Catedral (detalhe). Foto: José Cordeiro/ SPTuris. 
Sendo um dos cinco maiores templos neogóticos do mundo, a catedral da Sé, foi reaberta em 2002, após três anos de reformas e voltou a oferecer missas diárias. Além disso, agora há visitas monitoradas durante toda a semana.  

7. Pinacoteca

Fonte: http://www.pinacoteca.org.br/pinacoteca-pt/
A Pinacoteca do Estado de São Paulo é um museu de artes visuais com ênfase na produção brasileira do século XIX até a contemporaneidade. Fundada em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo é o museu de arte mais antigo da cidade. Está instalada no antigo edifício do Liceu de Artes e Ofícios, projetado no final do século XIX pelo escritório do arquiteto Ramos de Azevedo, que sofreu uma ampla reforma com projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha no final da década de 1990.
 
 
Foto: Caio Pimenta/ SPTuris.
O acervo original da Pinacoteca foi formado com a transferência, do então Museu do Estado, hoje Museu Paulista da Universidade de São Paulo, de 20 obras de importantes artistas que atuaram na cidade como Almeida Júnior, Pedro Alexandrino, Antônio Parreiras e Oscar Pereira da Silva. Atravessou seu primeiro século de atividades acumulando realizações e formou um significativo acervo, hoje com cerca de onze mil obras. Passou por uma marcante transformação assumindo-se, gradativamente, como um museu de arte contemporânea, comprometido com a produção de seu tempo, com destacada presença no cenário artístico do País. Desde 2006, a Pinacoteca é administrada pela APAC – Associação Pinacoteca Arte e Cultura. Atualmente realiza cerca de 30 exposições e recebe aproximadamente 500 mil visitantes por ano.  

8. Mosteiro São Bento

Fonte: http://mosteiro.org.br/o-mosteiro/
O Mosteiro de São Bento é um símbolo importante para a cidade de São Paulo. Com mais de 400 anos de História, o Mosteiro sempre teve grande influência na cidade. Vale lembrar a própria localização em que foi construído o cenóbio beneditino. O local era a Taba do Cacique Tibiriçá. Foi doado pela Câmara de São Paulo em 1600 aos monges. Segundo o documento de doação das terras, guardado no arquivo do Mosteiro, o local era “o mais importante e melhor, depois do colégio”. Com o crescimento da Vila ainda no Século XVII, Fernão Dias Paes Leme, o “Governador das Esmeraldas”, ampliou a igreja e melhorou as dependências do Mosteiro. Anos depois, com a aclamação popular de Amador Bueno – um importante personagem da vila paulistana – como Rei em São Paulo, este recorre aos monges beneditinos, a fim de acalmar a população – interessante episódio histórico que assinala o primeiro grito de independência em terras do Brasil. Evitando aqueles que queriam fazê-lo rei apressadamente, rumou em direção ao templo onde refugiou-se. Os paulistas seguem ao seu encalço gritando: “Viva Amador Bueno, nosso Rei!”, ao que ele replicou muitas vezes: “Viva o Senhor D. João IV nosso Rei e Senhor, pelo qual darei a vida!”. Para que Amador Bueno não perdesse sua vida por não aceitar tal aclamação, o Abade e a Comunidade Monástica acalmaram os ânimos do povo. Amador Bueno estava então a salvo. São dependentes do Mosteiro de São Bento de São Paulo, o Mosteiro de São Bento de Sorocaba, fundado em 1667 e o Mosteiro de São Bento de Jundiaí de 1668. Além destes, foram fundados mais dois: Santana do Parnaíba (1643) e Santos (1650). A construção atual do Mosteiro não é a mesma de séculos anteriores. Trata-se da quarta construção. À demolição do antigo edifício, muito decadente em fins do Século XIX, seguiu-se a construção do Gimnásio de São Bento – hoje Colégio de São Bento – em 1903. Mas foi em entre 1910 e 1912 que o cenário mudou. São Paulo passava por grande processo de urbanização. Sua população aumentava, ganhando relevância no cenário nacional. O Mosteiro seguiu este ritmo e em 1910 deu início à construção da nova Igreja e Mosteiro. A construção compõe-se do estilo da escola artística de Beuron, projeto de Richard Berndl – Professor da Universidade de Munique e um dos melhores arquitetos da Alemanha. É desta época a decoração interna em estilo Beuronense foi feita pelo beneditino belga Dom Adelberto Gressnigt. A Basílica só foi consagrada em 1922. Nesta época foram instalados os sinos e o relógio, tido como o mais preciso de São Paulo. Breve histórico do Mosteiro de São Bento Pode-se dizer que o sítio histórico que abriga o Mosteiro de São Bento é o mais antigo de São Paulo. A instituição completou em 1998 seu IV centenário de ocupação ininterrupta no mesmo local. Cabe lembrar que o Pátio do Colégio, marco de fundação da cidade, passou por várias transformações e de 1765 a 1932, abrigou o Palácio do Governo. A fundação do Mosteiro de São Bento data do fim do século XVI ou mais exatamente, de 14 de julho de 1598. Segundo documentação da época, foram concedidas duas Sesmarias pelo Capitão-Mor Jorge Correia, as quais seriam a base da fundação beneditina na pequena vila. O terreno cedido a São Bento era o mais bem localizado, depois daquele do Colégio dos Jesuítas, ficando exatamente no alto da elevação, entre as águas do Anhangabaú e do Tamanduateí, abrangendo de um lado até o Vale do Anhangabaú e do outro, até a atual 25 de Março, inclusive. O mosteiro teve como fundador um paulista de nome Simão Luís, nascido em São Vicente, o qual mais tarde passou para a história, com o nome de Frei Mauro Teixeira. Discípulo do Padre José de Anchieta, conheceu o Cacique Tibiriçá e anos depois, construiu, no mesmo local onde existira a Taba do glorioso índio, uma igreja em homenagem a São Bento. Aí levantou um pequeno santuário, que conservou, durante algum tempo, sob seus cuidados. A 15 de abril de 1600, os oficiais da Câmara ratificaram, o que já havia sido feito por seus colegas, a Frei Mauro Teixeira: “Carta de chãos de sesmaria, para o sítio do convento”, por “constar ser como o dito padre diz e alega, por serviço de Deus Nosso Senhor e de seu servo, o bem aventurado São Bento”, “os quais chãos serão para o convento, mosteiro, ou casa do dito santo, fôrros livres e isentos de todo tributo e pensão, de hoje até o fim do mundo”. Graças a Fernão Dias Pais, foi construído um novo templo. Em janeiro de 1650, foi lançada a pedra fundamental para sua construção. As imagens de São Bento e Santa Escolástica que vemos hoje na atual basílica, da autoria de Frei Agostinho de Jesus, datam desta época. Os restos mortais de Fernão Dias Paes e de sua esposa se encontram na cripta do mosteiro. Em Julho de 1900 D. Miguel Kruse assume a direção do mosteiro e inicia um novo período na história de São Paulo. Seus primeiros esforços são no sentido de dotar o mosteiro de um bom colégio secundário. Surge assim, em 1903, o Colégio de São Bento. Logo após, em 1908, funda a Faculdade de Filosofia, que seria a primeira do Brasil. Em 1911, instala a primeira Abadia de Monjas Beneditinas da América do Sul, o Mosteiro de Santa Maria – próximo à Avenida Paulista. É também de iniciativa de D.Miguel Kruse a construção de uma nova Abadia e um novo mosteiro. Em 1910 tem início a nova construção segundo projeto do arquiteto Richard Berndl da cidade de Munique, Alemanha. Quatro anos mais tarde, em 1914, estava completo o conjunto beneditino que conhecemos hoje: a Basílica de Nossa Senhora da Assunção, o Mosteiro e o Colégio de São Bento, marco histórico, cultural e turístico de grande importância para a cidade de São Paulo.

Faça um tour virtual: http://mosteiro.org.br/visita-virtual/

 

9. Monumento às Bandeiras

Fonte: http://www.saopaulo.sp.gov.br/
O Monumento às Bandeiras está localizado no Parque Ibirapuera, na área da Praça Armando de Salles Oliveira, e representa os bandeirantes que desbravaram o país no período colonial. Pode-se observar portugueses, negros, mamelucos e índios puxando uma canoa de monções. Encomendada pelo Governo de São Paulo em 1921, a obra do escultor Victor Brecheret só foi inaugurada durante as comemorações do IV Centenário da cidade de São Paulo, em 1953. A escultura é composta por 240 blocos de granito − com cerca de 50 toneladas cada − tem 12 metros de altura, 50 metros de extensão e 15 metros de largura.     
Foto: Henrique Boney

Visite São Paulo e aproveite toda a arte, cultura, gastronomia e história que essa cidade proporciona!

Até o próximo post 🙂

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