Tecnologias limpas na engenharia e arquitetura

O setor de engenharia civil enfrenta um desafio de muitas frentes para entrar na luta por um mundo mais sustentável. Partindo do princípio que o consumo de cimento em quilos por habitantes é maior do que o de alimentos, já podemos imaginar a grandiosidade de tudo isso. Energia, água, resíduos, são questões prementes para o setor. De acordo com o Conselho Internacional da Construção (CIB), a indústria da construção é a atividade humana que mais consome recursos naturais, além de gerar mais de 50% do lixo descartado, o que gera grandes impactos no meio ambiente. Com o intuito de minimizar os impactos ambientais, ainda que os desafios sejam enormes, surgiu o conceito de construções sustentáveis ou engenharia limpa, que agridem menos a natureza.

ao invés de usar PVC, principal componente dos tubos e conexões, algumas empresas já utilizam um plástico verde extraído de etanol de cana-de-açúcar, para canalizar a água até o esgoto. Esta solução é feita 100% de fontes renováveis.

o telhado das construções pode ser aproveitado para instalação de Módulos Solar Fotovoltaicos, responsáveis por converter a luz do sol em energia elétrica, confiável e limpa. A tecnologia permite armazenar energia por meio de baterias estacionárias, em quantidade suficiente para suprir uma casa por até quatro dias.

se a construção estiver em uma área urbana, como as grandes metrópoles, essa é uma boa alternativa. A tecnologia transforma o telhado em um ambiente verde e agradável, funcionando como um isolante térmico, melhorando a qualidade do ar e gerando economia de energia elétrica, já que é ao investir nessa técnica não é necessário o uso de ar condicionado.

o bambu é abundantemente renovável e pode ser colhido durante o ano todo, sem prejuízos a natureza, devido sua velocidade de crescimento. Para quem não quer abrir mão de beleza, o piso de bambu é uma ótima opção.

sua fabricação é feita com diversos tipos de plásticos reciclados e resíduos vegetais de agroindústrias. Essa opção sustentável é indicada para decks, piers, assoalhos em geral, revestimentos de fachadas e objetos de decoração.

para utilização da água que vem da chuva é preciso ter um sistema de captação e armazenamento dessa água e isso é menos difícil do que parece: telhados e calhas direcionam a água para um filtro autolimpante que irá retirar os resíduos e levá-la diretamente para cisternas.

barato e simples de instalar, tem funcionamento autônomo e pode ser implementado abaixo da superfície, deixando a área acima livre para outros usos, como estacionamento. Por meio dessa técnica é possível conservar a água potável e utilizar a de reuso para regar jardins, lavar pisos, calçadas, descargas sanitárias e etc.